quinta-feira, 9 de junho de 2011

Manifesto no DCE

Após protesto no DCE, estudantes acampam no campus da PUCRS, na Capital

Causa do conflito envolve eleição do DCE e a participação em congresso da UNE

Atualizada em 09/06/2011 às 01h00min
Andre Mags | andre.mags@zerohora.com.br
Um protesto de alunos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) contra o Diretório Central de Estudantes (DCE) no interior da instituição terminou em confusão na noite desta quarta-feira. A Brigada Militar (BM) precisou intervir. Manifestantes decidiram acampar na universidade para esperar a reabertura do diretório, que foi fechado.

A BM enviou cinco viaturas e 10 PMs para conter os ânimos na universidade após duas brigas, uma às 18h30min e outra às 20h. Ninguém ficou ferido. De acordo com estudantes, eles tentaram entrar no DCE, porém, teriam sido repelidos por seguranças. Às 21h, a situação já tinha se acalmado, mas dois policiais ficariam no local durante a madrugada desta quinta para evitar novos confrontos.

A causa do conflito envolve a eleição do DCE e a participação dos alunos em um congresso da União Nacional de Estudantes em Goiânia (Goiás). Manifestantes relataram que o DCE impediu a participação de algumas chapas no evento.

A reclamação contra essa decisão enveredou, a seguir, por críticas sobre a transparência no pleito.

— Há mais de 20 anos não tem eleições livres para o DCE. Em 2009 (na verdade, as eleições foram em 2010), eles não divulgaram e não houve inscrições — disse a universitária de Serviço Social Pâmela Garcia, 22 anos.

Assessora da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários da PUCRS, a professora Dóris Valentina garantiu que nesta quinta-feira, às 10h30min, uma comissão de alunos será recebida pela pró-reitora Jacqueline Moreira. Dóris afirmou que o motivo do encontro é esclarecer as reivindicações dos manifestantes:

— Eles tinham uma reunião, às 14h de hoje (quarta), sobre a necessidade de negociações com o RU (restaurante universitário), mas não compareceram. A surpresa veio no fim da tarde, com a reivindicação sobre o DCE. Não temos certeza sobre o que eles querem.

O presidente do DCE, Thiago Brozoza, criticou o protesto e disse que nesta quinta-feira as chapas ainda podem fazer as inscrições para o Congresso da UNE, marcado para julho. Ele explicou que a documentação entregue anteriormente tinha problemas e as chapas não conseguiram reunir os 26 delegados e dois suplentes necessários. Reclamou ainda da participação de jovens de outras universidades no protesto contra o DCE.
— Tinha muita gente de fora, por isso deu uma inchada no pessoal. Eu acho que pode protestar, o que não deve fazer é impedir as pessoas de entrar ou sair do DCE — argumentou.
FONTE: ZERO HORA
   Esses estudantes lutam por seus direitos e isso é reprimido por autoridades que infelizmente devem cumprir a missão que lhes é designada pelo estado.   Com o lema: "Violência não, resistência sim" os jovens, na noite de quinta feira haviam conseguido tomar o DCE e a policia fazia negociações para que houvesse retirada. É, eles resistiram. Será muitos deles foram reprimidos bem no momento em que estavam passando, em relação a esse tema, de alienados a conscientes?


4 comentários:

  1. Muito bom o post, eu tava la hoje (quinta-feira, dia 9) quando eles deixaram o DCE, foi muito bonito o movimento do pessoal, todos gritando juntos por seus direitos e cantando o hino do Rio Grande do Sul, realmente muito bonito. É uma pena só que não pude ficar lá com o pessoal que ficou acampando porque tive que vir pra casa fazer um trabalho. De qualquer forma, força pra quem tá la nesse frio e espero que isso acabe logo com essa sem-vergonhice.

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  2. Não chegamos a ver eles deixando o DCE mas admiro demais a coragem desses estudantes. É, acampar no frio é bravo mas como diz a frase que eles gritavam no momento que eu passei lá, eles resistiram e qualquer forma de resistência organizada e pacifica merece respeito.

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  3. Depois de muito tempo ouvindo reclamações contra o DCE, achei muito legal os estudantes terem se organizado para fazer este protesto. Também admiro muito a coragem deles. Não estou participando, mas não deixo de apoiá-los.

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  4. Muitos de nós, inclusive eu, admiram mas não tem coragem de assumir essas posições, que pena.

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